A transformação digital é uma realidade incontornável no setor jurídico. Como já diriam uns e outros, o gênio não vai voltar para a lâmpada – ainda bem. Sabemos que a tecnologia e a Inteligência Artificial (IA) trazem valor ao negócio, mas é preciso ir além da implementação de ferramentas: é necessário educar, formar e criar cultura. No Madrona Advogados, essa convicção guiou a criação de iniciativas e projetos que estão colocando o escritório na vanguarda da inovação no Direito: um grande exemplo é o Academia Madrona, um programa interno estruturado para promover capacitação contínua e ambientes de troca sobre conhecimentos de interesse do escritório.
O desafio: por onde começar a falar sobre IA no Direito?
O uso da inteligência artificial está cada vez mais presente nas operações jurídicas, mas o letramento sobre o tema ainda é um grande desafio em escritórios de advocacia. A adoção eficaz de tecnologias depende da familiaridade dos profissionais com os conceitos, riscos, aplicações práticas e limites éticos da IA.
No Madrona, ficou claro que era necessário mais do que treinar — era preciso criar espaços seguros e permanentes de aprendizado e experimentação, em que todos, de sócios a profissionais administrativos, pudessem desenvolver a curiosidade e a expertise no uso responsável da IA.
O caminho: Academia Madrona
Foi nesse contexto que vimos no espaço de educação do Academia Madrona uma oportunidade para reforçar a cultura de inovação e o letramento no uso de IA.
Só no último ano, realizamos 15 encontros em que falamos de IA, entre workshops, formações práticas e rodas de conversa com a participação de advogados, sócios e profissionais da gestão administrativa.
Mais do que falar sobre ferramentas, o espaço do Academia Madrona ajuda a formar pensamento crítico e promover a troca entre diferentes áreas, tratando de temas como:
- uso seguro e ético da IA generativa,
- avaliação de riscos jurídicos,
- aplicações no cotidiano jurídico e administrativo,
- e construção de políticas internas de governança.
Como resultado direto desse processo, desenvolvemos recomendações internas de uso de IA, que evoluíram para uma política, um marco que consolida as boas práticas e orienta todos os nossos profissionais para um uso estratégico, responsável e eficiente da IA e suas ferramentas.
Do aprendizado à prática: o concurso de prompts
Com os primeiros passos dados na formação, veio o momento de provocar o uso prático e criativo das ferramentas de IA. Assim nasceu o Madrona Lab Prompts, um concurso interno para premiar os melhores prompts criados por nossos profissionais.
A proposta era simples e poderosa: transformar o conhecimento adquirido em soluções concretas para o dia a dia do escritório. Os participantes enviaram prompts para diferentes usos, de revisão jurídica a comunicação interna, avaliados pelos critérios de criatividade, aplicabilidade e clareza por uma comissão.
O resultado? Engajamento genuíno, soluções criativas e uma nova biblioteca interna de prompts, acessível a todos os times. O concurso também mostrou que a inovação não está restrita à área técnica: os três vencedores incluíram representantes do corpo jurídico e do time administrativo, com aplicações práticas em ferramentas como ChatGPT, Lexter e Adobe Firefly.
Um diferencial que prepara o escritório para o futuro
A combinação entre educação continuada e incentivo à experimentação prática tem se mostrado um diferencial real para o Madrona. Enquanto muitos ainda discutem se e como aplicar IA, de maneira embrionária, seguimos com a convicção de que formar pessoas é fundamental para promover o crescimento na carreira e para continuarmos atendendo nossos clientes com excelência e inovação.
No fim das contas, vamos além do letramento em inteligência artificial: apostamos no desenvolvimento de uma cultura de inovação sustentável, colaborativa e alinhada com os nossos valores.
O Madrona Advogados acredita que o futuro do Direito será construído por quem souber aprender continuamente – e por quem tiver coragem de educar antes mesmo de automatizar.