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Storytelling e linguagem simples no mercado jurídico: por que fazem diferença?

Storytelling e linguagem simples no mercado jurídico: por que fazem diferença?

21/10/2025

Autores

Ione Moraes - Gerente de Gestão do Conhecimento e Comunicação Corporativa

Tatiana Olaya Velasquez - Coordenadora de Comunicação Corporativa

Bárbara Guimarães - Analista de Comunicação

No mercado jurídico, comunicar não é apenas explicar normas ou emitir pareceres: é traduzir complexidade em clareza. Para trazer essa clareza, não há uma fórmula mágica, mas existem técnicas que podem ajudar, como o uso de linguagem simples e o storytelling.

De acordo com Denning (2020)1, o storytelling é o uso de narrativas para transmitir ideias, crenças e experiências, de maneira a gerar insights e emoções. Em outras palavras, é uma técnica de comunicação que serve para contar uma história que crie conexão e engaje o público, gerando confiança e fazendo com que a mensagem seja mais memorável. 

Já quando falamos de linguagem simples, nos referimos a uma prática de comunicação que transforma informações complexas em mensagens acessíveis.  

Quando usar o Storytelling? 

No mercado jurídico, pode ser útil em diversos contextos: em reuniões com clientes, em peças processuais e contratos, e em conteúdos institucionais, como artigos, quando o objetivo é criar uma conexão mais próxima com o leitor.  

Quando usar linguagem simples?  

A linguagem simples aproxima, democratiza o acesso à informação e fortalece a relação de confiança. Então deve ser usada em todo momento, especialmente quando se fala de criar uma conexão mais próxima com o leitor. 

É importante quebrar o paradigma de que linguagem simples é igual a falta de expertise técnica; muito ao contrário, comunicar-se bem não é renunciar à técnica, mas sim garantir que o outro compreenda a mensagem que se quer passar, da maneira mais rápida possível. O excesso de uma linguagem excessivamente técnica e formal afasta o público do autor.  

Mesclar linguagem simples com técnicas de estilo e de storytelling podem fazer com que a sua mensagem seja lida, em meio a tantos textos e estímulos do mundo atual. 

Como criar textos que engajam? 

Tudo começa com boas perguntas:
Quem é o público-alvo?  

  • Qual é meu gancho para cativar ao leitor?  
  • Por que isso importa para o leitor? 
  • O que ele pode aprender?

Além das perguntas, que são o primeiro passo para conectar as respostas entre si, será necessário traçar a rota que conecte essas respostas, pois a ordem dos fatores pode, sim, alterar o resultado. 

Com essa premissa em mente agora é o momento de seguir alguns princípios práticos: 

  • Defina o objetivo do texto antes de escrever 
  • Escreva sempre para o público-alvo, não para si mesmo 
  • Transmita a relevância e o impacto da informação para o leitor 

Para usar uma técnica de storytelling em um texto jurídico, você pode apresentar um cenário contextual, um conflito ou motivo de tensão e fechar com a resolução do conflito. Para além de técnicas de storytelling, estruture o texto com clareza, simplicidade e usando a técnica da pirâmide invertida —em que as informações são organizadas do mais importante para o menos importante. Comece pelo que o leitor realmente precisa saber (o quê, quem, quando, onde, como e por quê), depois aprofunde com mais detalhes e finalize com informações complementares.  

Storytelling e linguagem simples: parceria de sucesso!  

Histórias tornam a comunicação jurídica mais clara e relevante para o cliente. Storytelling conecta, fortalece relações e gera valor. No mercado jurídico, storytelling não é um acessório: é uma necessidade estratégica. Contar histórias com clareza e simplicidade “traduz” o Direito para quem realmente importa: o cliente.  

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